Ranking Nacional de Consumidores Livres, Especiais e Autoprodutores de Energia – dados referente a maio/25


Fonte: Elaborado pela Thunders a partir da seção Dados Abertos do site da CCEE atualizado em julho, com dados de maio de 2025

O Brasil conta, atualmente, com 13.759 agentes consumidores livres, especiais ou autoprodutores de energia devidamente registrados na CCEE. Esses agentes possuem 43.028 unidades consumidoras espalhadas por todo país, as quais totalizaram um consumo de 27.719 MW no último mês de maio e 27.33 MWm nos últimos 12 meses

 

RANKING POR CONSUMO

Considerando o volume de energia consumida no último mês de referência, os 10 maiores consumidores do ACL demandaram 6.346,51 MW. Apesar de representarem apenas 12,08% do total de unidades consumidoras, os 5 primeiros da lista concentram 10,79% da carga total.

Entre os destaques do ranking, podemos ressaltar que:

  • A ALBRAS segue isolada na liderança, com 819,25 MW médios e apenas 1 unidade consumidora (UC). Isso mostra uma extraordinária concentração de carga, sendo o consumidor individual mais intenso do ACL.

  • CVRD (Vale) mantém a vice-liderança com 712,73 MW, mas com 24 UCs — um perfil distribuído, que sugere atuação em múltiplos sites industriais.

  • CBA (Companhia Brasileira de Alumínio) e ALCOA também chamam atenção: estão no top 5 com apenas 4 e 3 UCs, respectivamente — consumos médios superiores a 500 MW, com altíssima densidade de uso energético por unidade

  • A Petrobras PIE é o agente com maior número de UCs da lista (42), mas aparece apenas na 8ª posição, com 374,10 MW médios

  

Confira os principais agentes:

Tabela 1: Ranking de consumidores por consumo

Rank VolumeSiglaVolume (MW)UCs
1ALBRAS819,251
2CVRD712,7324
3CBA587,804
4ALCOA507,723
5BRASKEM482,1917
6ARCELOR JF COM416,3316
7KLABIN PUMA414,8621
8PETROBRAS PIE374,1042
9SOUTH32322,252
10CSN SIDERURGIC278,335
Fonte: Elaborado pela Thunders a partir da seção Dados Abertos do site da CCEE atualizado em julho de 2025, com dados de maio de 2025

Há uma diferença significativa de carga entre o 5º colocado (BRASKEM – 482,19 MW) e o 10º (CSN SIDERURGIC – 278,33 MW). Esse gap mostra que o top 5 representa um outro patamar de consumo energético dentro do ACL.

RANKING POR QUANTIDADE DE UCs

Entretanto, a análise por número de unidades consumidoras (UCs) revela um cenário completamente distinto do ranking por volume de energia:

  • as 20 empresas com mais UCs somam 7.646 unidades, o que representa 17,77% do total de unidades consumidoras do ACL.

No entanto, a alta capilaridade não está associada, em sua maioria, a altos volumes de energia — reforçando que essas cargas são mais pulverizadas e de menor porte individual.

Confira quem são esses principais agentes por quantidade de UCs:

Tabela 2: Ranking de consumidores por quantidade de UCs

Rank UCsSiglaUCSVolume (MM)
1SENEPAR56252,79
1B2W CE68322,24
2EMBASA56489,46
4ITAU CL548823,11
5BRASIL TELECOM44644,11
6VIAVAREJO43210,36
7CORSAN42441,55
8CUTRALE I41039,41
9CBD40855,62
10BRADESCO36317,56
11ASSAI ATACADISTA311122,23
12SUPER BH 00130925,97
13SANTANDER29814,08
14RENNER MATRIZ29119,06
15TELEFONICA26065,80
16BURGER KING2407,94
17WMS SUPER23452,46
18C&A MODAS23015,86
19RIACHUELO22915,60
20SABESP221255,71
Fonte: Elaborado pela Thunders a partir da seção Dados Abertos do site da CCEE atualizado em julho de 2025, com dados de maio de 2025

Destaques estratégicos do novo ranking

Com 562 UCs e consumo de 52,79 MWm, a SENEPAR permanece na liderança do ranking de capilaridade. Seu consumo é mais do que o dobro da B2W CE, que permanece na 2ª posição.

Com 683 UCs, a B2W CE ainda é a empresa com mais unidades consumidoras, mas o baixo volume médio por UC (apenas 22,24 MWm no total) a coloca atrás da SENEPAR em termos de impacto energético

A ASSAÍ ATACADISTA se destaca na 13ª posição em UCs, mas é o maior consumidor entre os 20 listados, com 122,23 MWm, mostrando forte consumo médio por unidade.

ANÁLISE POR FAIXAS DE VOLUME

A criação de faixas de volume de energia consumida nos proporciona uma análise interessante. Percebemos que, na faixa 1 (que considera agentes com consumo acima de 100 MWm no mês), o mercado tem uma concentração de 33,26% da carga em apenas 0,26% dos agentes (36), o que mostra um mercado altamente concentrado.

Confira abaixo a análise por faixa de carga:

Tabela 3: Segmentação por faixas de volume de energia consumido

FaixaDeAtéAgentesVolume (MWm)% Agentes% Volume%UCs
11001.000369.0860,26%33,24%2,66%
250100332.3290,24%8,52%6,77%
33050491.9160,36%7,01%4,79%
410302363.8621,72%14,13%14,46%
55103052.1182,22%7,75%7,658%
6353801.4602,76%5,34%6,51%
7131.8653.13113,55%11,46%15,72%
80,512.2511.57616,36%5,76%12,05%
90,30,52.22886416,19%3,16%9,37%
100,10,34.69089434,08%3,27%15,79%
1100,11.5539711,29%0,36%4,30%
120013400,97%0,00%0,00%
Fonte: Elaborado pela Thunders a partir da seção Dados Abertos do site da CCEE atualizado em julho de 2025, com dados de maio de 2025

Principais destaques:

Faixa 1: Alta concentração em poucos agentes

  • Apenas 36 agentes (0,26%) consomem acima de 100 MW médios no mês — mas são responsáveis por impressionantes 33,24% de toda a energia consumida no ACL.
  • Esses consumidores concentram ainda 2,66% das UCs, ou seja, cada unidade tem, em média, cargas extremamente elevadas.

Faixas intermediárias: perfil industrial e de média capilaridade

  • As faixas de 30 a 100 MWm (faixas 2 e 3) concentram 1,2 mil MWm em 82 agentes, que representam 15,53% do volume total.
  • O destaque está na faixa 4 (10 a 30 MWm), com 236 agentes (1,72%) consumindo 14,13% da energia, com 14,46% das UCs — um indicativo de empresas com capilaridade e peso no consumo.

Faixas populares (0,5 a 3 MWm)

  • Faixas 7 e 8, juntas, reúnem 26,90% dos agentes e 16,23% da carga — com destaque para a faixa 7 (3 a 1 MWm), que possui 15,72% das UCs, o maior percentual entre todas as faixas.

A análise evidencia que, embora o mercado livre esteja se popularizando e atraindo mais empresas de pequeno porte, a maior parte da energia continua concentrada em um grupo muito pequeno de grandes consumidores.

ANÁLISE POR FAIXAS DE UNIDADES CONSUMIDORAS

Quando analisamos as faixas por quantidade de unidades consumidoras, percebemos que, na faixa 1 (que considera agentes com mais de 200 UCs), o mercado tem uma concentração de 17,77% do total de UCs, porém apenas 0,15% dos agentes (20), e apenas 3,63% da carga (991 MWm):

Tabela 3: Segmentação por faixas de quantidade de UCs

FaixaDe AtéAgentes UnidadesVolume (MWm)% Agentes% UCs% Volume
12011.000207.6469910,15%17,77%3,63%
2101200182.4814530,13%5,77%1,66%
351100412.8019880,30%6,51%3,62%
421501564.7903.2091,13%11,13%11,74%
511202383.4402.3751,73%7,99%8,69%
66104913.6841.7313,57%8,56%6,33%
7253.3508.9758.51524,35%20,86%31,15%
8119.2129.2128.96566,95%21,41%32,80%
Fonte: Elaborado pela Thunders a partir da seção Dados Abertos do site da CCEE atualizado em junho de 2025, com dados de abril de 2025

Destaques atualizados

Faixa 1: Grandes operadores logísticos e varejistas

  • Apesar da enorme capilaridade, sua carga total soma apenas 991 MWm (3,63%), indicando que essas unidades possuem, em média, baixa densidade de consumo.
  • Apenas 20 agentes (0,15%) concentram 7.646 UCs (17,77%) — uma clara amostra de grandes conglomerados com operação nacional e pulverizada.

Faixa 3: ainda concentrado, mas com mais peso por UC

  • Com 41 agentes (0,30%), a faixa soma 2.801 UCs e 988 MWm — o que indica maior consumo médio por unidade que as faixas anteriores.

Faixa 7: o grosso da base — 2 a 5 UCs

  • Essa faixa representa o maior grupo de agentes (3.350 ou 24,35%), com 8.975 UCs (20,86%).
  • O volume consumido atinge 5.215 MWm (31,15%), mostrando que, apesar de terem poucas UCs por agente, esses consumidores têm peso significativo no mercado.

Em geral, notamos que os agentes com até 5 UCs somam 66,95% do total, representando 21,41% das UCs e 32,80% da carga — um dado essencial para quem atua em varejo de energia, com foco em clientes de pequeno e médio porte, mas com consumo consolidado.

CONSUMO NO ACL*

O ambiente de comercialização livre (ACL) vem mantendo uma trajetória de crescimento gradual, com pequenas oscilações sazonais.

Em 2022 e 2023, o consumo permaneceu relativamente estável, com pequenas flutuações ao longo dos meses.

A partir de 2024, observa-se uma tendência de crescimento mais consistente, com vários meses superando a marca de 28.000 MW médios.

Em 2025, o avanço continua, com o mês de maio registrando o maior patamar da série histórica recente, ultrapassando os 29.000 MW médios — um reflexo direto da ampliação da base de consumidores e do fortalecimento da migração para o ACL.

Os dados consideram o somatório da carga dos agentes consumidores livres, especiais e autoprodutores.
Não estão incluídas as cargas associadas às Comercializadoras Varejistas.

*Considera o somatório da carga dos agentes consumidores livres, especiais e autoprodutores

Gráfico 1: Evolução no consumo de energia no ACL

Os dados reforçam a consolidação do Ambiente de Comercialização Livre como protagonista no consumo de energia do país. O avanço consistente ao longo de 2024 e 2025 reflete o amadurecimento do mercado, o crescimento da base de consumidores e o aumento da atratividade do ACL frente ao ambiente regulado — um cenário que deve se intensificar com a abertura total prevista para os próximos anos.

QUANTIDADE DE UNIDADES CONSUMIDORAS NO ACL

A migração de empresas para o Ambiente de Contratação Livre (ACL) segue em ritmo acelerado. O gráfico mostra que esse movimento tem se intensificado de forma constante, com crescimento contínuo ao longo de 2023 e 2024, e aceleração ainda mais evidente em 2025.

O avanço é impulsionado principalmente pelo aumento no número de consumidores especiais (CE), mas também observa-se uma participação estável e crescente dos consumidores livres (CL).

Gráfico 2: Evolução da quantidade de UCs no ACL

O crescimento sustentado na quantidade de UCs reforça a tendência de amadurecimento do mercado livre de energia no Brasil. A ampliação da base de consumidores, especialmente entre pequenos e médios negócios, demonstra que o ACL está cada vez mais acessível e atrativo — pavimentando o caminho para um mercado mais dinâmico, competitivo e descentralizado.

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