Ranking Nacional de Consumidores Livres, Especiais e Autoprodutores de Energia – dados referente a julho/25


Fonte: Elaborado pela Thunders a partir da seção Dados Abertos do site da CCEE atualizado em setembro, com dados de julho de 2025

O Brasil conta, atualmente, com 13.789 agentes consumidores livres, especiais ou autoprodutores de energia devidamente registrados na CCEE. Esses agentes possuem 44.148  unidades consumidoras espalhadas por todo país, as quais totalizaram um consumo de 27.675 MW no último mês de junho e 27.729 MWm nos últimos 12 meses

 

RANKING POR CONSUMO

Considerando o volume de energia consumida no último mês de referência, os 10 maiores consumidores do ACL demandaram 6.241,73 MW médios. Apesar de representarem apenas 12,08% do total de unidades consumidoras, os 5 primeiros da lista concentram 11,05% da carga total.

Entre os destaques do ranking, podemos ressaltar que:

    • A ALBRAS segue isolada na liderança, com 829,8 MW médios e apenas 1 unidade consumidora (UC) — reforçando seu perfil de altíssima densidade energética individual.

    • A CVRD (Vale) mantém a vice-liderança com 653,8 MW, distribuídos entre 25 UCs, o que sugere presença em múltiplos polos industriais.

    • CBAe ALCOA também mantêm posição de destaque, com consumos superiores a 490 MW, mesmo com apenas 4 e 3 unidades consumidoras, respectivamente — um sinal de alta concentração por site.

    • A Arcelor JF COM permanece na 5ª posição, com 428,9 MW, seguida de perto pela Braskem, que caiu para 6º lugar, com 421,9 MW. A movimentação mostra que ambas disputam posições próximas, com cargas robustas e crescentes.

    • A SABESP aparece pela primeira vez no Top 10, ocupando a 10ª colocação com 278,5 MW médios, distribuídos em 296 UCs — o maior número de unidades entre os líderes, indicando operação altamente pulverizada e de uso intenso.

  

Confira os principais agentes:

Tabela 1: Ranking de consumidores por consumo

Rank VolumeSiglaVolume (MW)UCs
1ALBRAS829,81
2CVRD653,824
3CBA578,74
4ALCOA494,13
5ARCELOR JF COM428,916
6BRASKEM421,917
7KLABIN PUMA408,821
8PETROBRAS PIE372,242
9SOUTH32307,72
10SABESP278,5296
Fonte: Elaborado pela Thunders a partir da seção Dados Abertos do site da CCEE atualizado em setembro de 2025, com dados de julho de 2025

Variação mensal: uma leve queda no consumo do top 10

Em comparação com os dados de maio/2025, o grupo dos 10 maiores consumidores apresentou uma queda de 104,78 MW médios no consumo total, passando de 6.346,51 MW para 6.241,73 MW em julho.

Essa variação negativa de -1,65% pode estar associada a ajustes operacionais, sazonalidade industrial ou otimizações energéticas.

RANKING POR QUANTIDADE DE UCs

Entretanto, a análise por número de unidades consumidoras (UCs) revela um cenário completamente distinto do ranking por volume de energia:

  • As 20 empresas com mais UCs somam agora 7.983 unidades, o que representa 18,55% do total de unidades consumidoras do ACL (considerando o total geral de 43.028 UCs).
  • Juntas, essas empresas demandaram 1.054,01 MW médios no mês de referência.

Entretanto, a análise por número de unidades consumidoras (UCs) revela um cenário completamente distinto do ranking por volume de energia:

Confira quem são esses principais agentes por quantidade de UCs:

Tabela 2: Ranking de consumidores por quantidade de UCs

Rank UCsSiglaUCSVolume (MM)
1SENEPAR84064,13
2B2W CE69322,28
3EMBASA56693,35
4ITAU CL548823,21
5CUTRALE I45141,49
6CORSAN44843,89
7BRASIL TELECOM44643,89
8BRADESCO44317,95
9VIAVAREJO43610,41
10CBD41355,57
11SUPER BH 00134226,72
12ASSAI ATACADISTA317123,16
13SANTANDER30614,26
14SABESP296261,66
15RENNER MATRIZ29219,19
16TELEFONICA26866,38
17BURGER KING2427,83
18WMS SUPER23856,70
19RIACHUELO23015,75
20C&A MODAS22815,75
Fonte: Elaborado pela Thunders a partir da seção Dados Abertos do site da CCEE atualizado em setembro de 2025, com dados de julho de 2025

Destaques estratégicos do novo ranking:

  • Com 840 UCs e consumo de 64,13 MWm, a SENEPAR permanece na liderança de capilaridade.
    Seu volume total é quase três vezes maior que o da B2W CE, que ocupa a 2ª posição com 693 UCs e 22,28 MWm.
  • A B2W CE continua sendo a empresa com mais unidades consumidoras entre as listadas, mas apresenta um dos menores volumes médios por UC: apenas 0,032 MWm por unidade, reforçando seu perfil pulverizado e de menor intensidade de carga.
  • A SABESP, agora com 296 UCs, é o maior consumidor da lista, com 261,66 MWm, o que resulta em um consumo médio de aproximadamente 0,88 MWm por unidade — destacando-se pela combinação entre capilaridade operacional e uso energético elevado.

A força da SABESP: capilaridade e volume no mesmo agente

Seguindo uma onda de crescimento, a SABESP tem novas movimentações relevantes. No ranking deste mês chama atenção por uma combinação rara no ACL: alta capilaridade operacional com elevado volume de consumo.

  • Com 296 unidades consumidoras, a SABESP ocupa a 14ª colocação em número de UCs — posição já consolidada nos últimos meses.
  • No entanto, agora também figura entre os 10 maiores consumidores em volume, com 278,5 MW médios, alcançando a 10ª posição no ranking de carga.

Esse duplo destaque mostra que a SABESP foge do padrão da maioria dos agentes pulverizados, que costumam apresentar cargas menores por unidade. Com uma média de 0,94 MW por UC, ela apresenta densidade energética relevante mesmo com rede descentralizada.

Mas o que isso indica?

A SABESP se posiciona como um player estratégico no ACL, representando setores que combinam operações capilarizadas com forte demanda energética, como saneamento.

Isso reforça que o ACL está amadurecendo e se abrindo para perfis diversos — não apenas industriais concentrados, mas também serviços públicos essenciais com consumo relevante.

ANÁLISE POR FAIXAS DE VOLUME

A criação de faixas de volume de energia consumida nos proporciona uma leitura detalhada da composição do ACL. O comportamento das cargas revela um mercado que, embora esteja se pulverizando em número de agentes, ainda apresenta forte concentração no consumo.

Confira abaixo a análise por faixa de carga:

Tabela 3: Segmentação por faixas de volume de energia consumido

FaixaDeAtéAgentesVolume (MWm)% Agentes% Volume%UCs
11001.000379.2660,27%33,42%2,80%
250100342.3660,25%8,53%6,74%
33050501.9340,36%6,98%4,92%
410302353.8331,71%13,82%14,56%
55103132.1832,27%7,87%7,48%
6353821.4752,77%5,32%6,54%
7131.8883.18213,71%11,48%15,81%
80,512.2871.60416,60%5,79%11,93%
90,30,52.28188416,56%3,19%9,49%
100,10,34.76190834,56%3,27%15,64%
1100,11.5079410,94%0,34%4,08%
1200000,00%0,00%0,00%
Fonte: Elaborado pela Thunders a partir da seção Dados Abertos do site da CCEE atualizado em setembro de 2025, com dados de julho de 2025

Principais destaques:

Faixa 1: Alta concentração em poucos agentes

  • Apenas 37 agentes (0,27%) consomem acima de 100 MW médios no mês — mas são responsáveis por expressivos 33,42% de toda a energia consumida no ACL.
  • Esses consumidores concentram ainda 2,80% das UCs, o que mostra cargas extremamente intensas por unidade.

Faixas intermediárias: perfil industrial e de média capilaridade

  • As faixas de 30 a 100 MWm (faixas 2 e 3) reúnem 84 agentes, que respondem por 15,51% do volume total de energia.
  • O destaque está na faixa 4 (10 a 30 MWm), com 235 agentes (1,71%) que consomem 13,82% da energia e detêm 14,56% das UCs — um perfil típico de empresas industriais com capilaridade regional e cargas médias.

Faixas populares (0,5 a 3 MWm)

  • As faixas 7 e 8, juntas, representam 4.125 agentes (30,31%), com 17,27% da carga e 27,74% das UCs.
  • Destaque para a faixa 7 (1 a 1,5 MWm), que sozinha detém 15,81% das UCs — evidenciando a presença massiva de consumidores de menor porte no ACL.

Os dados confirmam que o ACL continua mantendo sua concentração nas cargas mais altas, com poucos agentes consumindo grande parte da energia.


Ao mesmo tempo, o crescimento no volume de faixas médias e populares reforça a entrada de pequenos e médios consumidores — o que reforça a importância de modelos comerciais flexíveis, atendimento digital e soluções de varejo energético.

CONSUMO NO ACL*

O ambiente de comercialização livre (ACL) vem mantendo uma trajetória de crescimento gradual, com pequenas oscilações sazonais.

Em 2022 e 2023, o consumo permaneceu relativamente estável, com pequenas flutuações ao longo dos meses.

A partir de 2024, observa-se uma tendência de crescimento mais consistente, com vários meses superando a marca de 28.000 MW médios.

Em 2025, o avanço continua, com os primeiros meses do ano mantendo o consumo acima da marca dos 28.000 MW médios, consolidando uma nova base elevada para o mercado livre.

Embora os números se mantenham estáveis, o mês reforça a tendência de estabilidade em níveis altos — o que indica maturidade e expansão contínua do ACL.

Os dados consideram o somatório da carga dos agentes consumidores livres, especiais e autoprodutores.
Não estão incluídas as cargas associadas às Comercializadoras Varejistas.

*Considera o somatório da carga dos agentes consumidores livres, especiais e autoprodutores

Gráfico 1: Evolução no consumo de energia no ACL

Leitura do mês:

O gráfico mostra que julho/2025 manteve o consumo em um patamar alto, próximo ao registrado nos meses anteriores, reforçando a estabilidade da nova base de consumo do ACL. Isso é um indicativo da maturidade do mercado, aliado à ampliação da base de consumidores e ao fortalecimento das migrações para o ambiente livre.

QUANTIDADE DE UNIDADES CONSUMIDORAS NO ACL

A migração de empresas para o Ambiente de Contratação Livre (ACL) segue em ritmo acelerado. O gráfico mostra que esse movimento tem se intensificado de forma constante, com crescimento contínuo ao longo de 2023 e 2024, e aceleração ainda mais evidente em 2025.

Em julho de 2025, o número total de unidades consumidoras bateu novo recorde, dando continuidade à curva ascendente iniciada nos anos anteriores.

Gráfico 2: Evolução da quantidade de UCs no ACL

Perfil da expansão

  • O crescimento é impulsionado principalmente pelo avanço dos consumidores especiais (CE), que seguem representando a maior parte das novas adesões ao mercado livre.
  • Ao mesmo tempo, observa-se uma participação estável e crescente dos consumidores livres (CL), o que reforça um cenário cada vez mais diversificado e competitivo.

A expansão sustentada da base de UCs é um indicativo claro de que o ACL está se tornando mais acessível e atraente — não apenas para grandes consumidores industriais, mas também para pequenas e médias empresas, varejo, serviços e operações descentralizadas.

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